(Vermelho.org, 2009) Pós-muro de Berlim, ano 20: o socialismo vive!

10 de Novembro de 2009 – 0h52

As celebrações do 20º aniversário da queda do Muro de Berlim, nesta segunda-feira (9), foram irremediavelmente contaminadas pela outra queda do outro muro – que veio abaixo com a fase agura da crise capitalista, em setembro do ano passado. É evidente o desconforto dos festejadores da suposta morte do socialismo, ao ver o Lásaro socialista que se ergue outra vez.

O que se encerrou na crise de 1989-91 foi uma experiência socialista determinada, a da União Soviética e dos regimes socialistas que a tomaram como modelo. Outras trajetórias socialistas, como a chinesa, a vietnamita ou a cubana, que buscaram os seus caminhos próprios, ditados por suas realidades nacionais, vão bem, obrigado. E outros ensaios de construção de um sistema que supere o capitalismo brotam, agora mesmo, na Venezuela, Bolívia e Equador, no bojo da Grande Rebelião Latino-Americana em curso.

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92% dos alemães orientais preferem o comunismo no país

Fonte: Der Spiegel. A notícia foi reproduzida por vários meios de comunicação, entre eles os jornais eletrônicos Portal Vermelho e a Associação Cultural José Marti – RS.

Vermelho.org:

11 de Novembro de 2007 – 5h27

Para marcar a data da queda do Muro de Berlim, o Der Spiegel fez uma pesquisa, divulgada neste sábado (10), com mil alemães que cresceram nos dois lados do país dividido até 9 de novembro de 1989. A conclusão, para desespero do semanário alemã

Junto com a TNS Forschung, o Spiegel fez a pesquisa com duas gerações distintas de alemães orientais e ocidentais com o objetivo de obter um retrato dos resultados da unificação na psique nacional. A conclusão é que o muro ideológico ainda permanece nas mentes alemãs, quase duas décadas após a reunificação.

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Muro de Berlim — Parte 3 — O envolvimento da CIA; mais informações sobre as origens do Muro

Muro de Berlim, parte 1: https://iglusubversivo.wordpress.com/2011/08/11/muro-de-berlim-1/

Muro de Berlim, parte 2: https://iglusubversivo.wordpress.com/2011/08/11/muro-de-berlim-2/

“The Anti-Empire Report”, 28 de julho de 2011

por William Blum

O Muro de Berlim – Outro mito da Guerra Fria

A mídia ocidental em breve estará acelerando seus motores de propaganda para formalizar o 50 º aniversário da construção do Muro de Berlim, em 13 de agosto de 1961. Todos os clichés da Guerra Fria sobre O Mundo Livre contra A Tirania Comunista serão usados e o simples conto de como o muro veio a surgiu será repetido: Em 1961, comunistas de Berlim Oriental construíram um muro para evitar que seus cidadãos oprimidos fugissem para Berlim Ocidental e para a liberdade. Por quê? Porque os comunas não gostam que as pessoas sejam livres, que aprendam a “verdade”. Que outra razão poderia haver?

Primeiro de tudo, antes da construção do muro milhares de alemães orientais tinham viajado para o Ocidente para trabalhos a cada dia para, em seguida, retornar ao Oriente, à noite; muitos outros iam e vinham para fazer compras ou outras razões. Então eles claramente não estavam sendo segurados no Oriente contra a sua vontade. Por que, então foi o muro construído? Houve duas razões principais:

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Muro de Berlim — Parte 2 — A visão dos EUA; derrubada do Muro: plano arquitetado por uma minoria

Leiam também as postagens sobre o levante húngaro de 1956, que servem como complemento

Muro de Berlim, parte 1: https://iglusubversivo.wordpress.com/2011/08/11/muro-de-berlim-1/

Muro de Berlim, parte 3: https://iglusubversivo.wordpress.com/2011/08/11/muro-de-berlim-3/

Trechos do livro 1989: O Ano Que Mudou o Mundo, escrito por um jornalista estadunidense (anticomunista)

Depois de duas décadas e de muita pesquisa, agora sei que nossa vitória na Guerra Fria não foi o que parecia. Fiquei sabendo que as coisas implesmente não aconteceram do jeiuto que pensamos. E, o que é mais doloroso, os mitos que criamos em torno disso prejudicaram o mundo e a nós mesmos. Quais são esses mitos, que aceitamos como verdades? Primeiro, o povo. A maioria dos relatos de 1989 resume-se a uma simples trama de mão única: os cidadãos da Europa Oriental, reprimidos havia muito tempo, frustrados pela pobreza e falta de liberdade, e inspirados por nosso exemplo, ergueram-se em massa e derrubaram seus suseranos comunistas. Bom, sim e não. Em alguns países, foi mais ou menos isso que aconteceu. Mas em outros não houve nada disso.

Trata-se de uma visão tectônica, a história como interação de forças gigantescas e quase inevitáveis. Mas, para quem estava em campo, as coisas pareciam bem diferentes. Se estivesse lá na noite em que o Muro de Berlim caiu, você saberia que as coisas aconteceram daquela maneira graças a um acidente inesperado, um pequeno e totalmente humano erro crasso.

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Muro de Berlim — Parte 1 — Visão geral sobre o Muro

Muro de Berlim, parte 2: https://iglusubversivo.wordpress.com/2011/08/11/muro-de-berlim-2/

Muro de Berlim, parte 3: https://iglusubversivo.wordpress.com/2011/08/11/muro-de-berlim-3/

PRECEDENTES

22 de Junho de 1941 – Invasão da URSS pelos alemães (Operação Barbarossa);

7 de Dezembro de 1941 – Ataque a Pearl Harbor;

17 de Julho de 1942 a 2 de Fevereiro de 1943 – Batalha de Stalingrado, evento que foi essencial para a derrota nazista;

3 de Setembro de 1943 – Tratado de paz assinado pelos italianos, rendendo-se aos Aliados;

28 de Novembro a 1 Dezembro de 1943 – Conferência de Teerã;

6 de Junho de 1944 – Dia D;

4 a 11 de Fevereiro de 1945 – Conferência de Yalta;

22 de Abril de 1945 – Berlim tomada pelos soviéticos;

30 de Abril de 1945 – Suicídio de Adolf Hitler;

7 de Maio de 1945 – Nazistas se rendem;

17 de Julho a 2 de Agosto de 1945 – Conferência de Potsdam;

2 de Setembro de 1945 – Bombas atômicas dos EUA contra o Japão, que o fizeram se render.

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