Uma forma de lançar luz sobre a essência contra-revolucionária do trotskismo é examiná-lo no contexto das suas relações com a imprensa burguesa. E bem sabido que a imprensa imperialista desabona e denuncia todas as idéias marxistas e todos os marxistas. Mas como essa imprensa trata Trotsky, supostamente o maior bolchevique depois de Lênin? Eis aqui alguns exemplos:
O Daily Express, de Lord Beaverbrook, era em 1929, como é hoje, um jornal reacionário, da ala direita, imperialista. Dentre os conservadores, é um dos órgãos efetivos de propaganda imperialista, exercendo há décadas uma tremenda influência imperialista sobre a política de uma seção significativa da classe operária britânica. Quando dezenas de milhares de operários estavam sob a influência de seu conservadorismo estridente olharam para o Daily Express em 27 de fevereiro de 1929, viram-se lendo as seguintes manchetes esparramadas na sua primeira página:
“A HISTÓRIA DA EXPULSÃO DA RÚSSIA CONTADA PELO PRÓPRIO TROSKY:
Revelações Dramáticas do Revolucionário Banido: Como Ele Foi Levado às Pressas para a Turquia: Ataques Severos a Stalin, seu Principal Inimigo; O Uso da Força contra um Povo Rebelde: Um Documento Histórico: Fotografias de M. e Madame Trotsky: História Exclusiva do Próprio Trotsky, por Leon Trotsky.
O Daily Express publica hoje a primeira parte da história, pelo próprio Trotsky, de sua expulsão da Rússia Bolchevique que ele tanto ajudou a criar. E um documento histórico. Trotsky, doente e exilado em Constantinopla, onde está protegido por oficiais russos contra o perigo de assassinato, dramaticamente quebrou o seu longo silêncio. Ele acusa amargamente seu arquiinimigo Stalin, ditador da Rússia, pelo destino que lhe coube, prevê a queda de Stalin, critica o regime soviético atual e revela a história secreta dos acontecimentos que o levaram a se tornar um exilado político sem um tostão.”
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