Mário Sousa — O Tratado de Não Agressão Mútua entre a União Soviética e a Alemanha

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Invasão da Polônia por tropas alemãs

Passaram mais de 60 anos desde a assinatura do “Tratado de Não Agressão Mútua” entre a União Soviética e a Alemanha em Setembro de 1939, também conhecido como Tratado Molotov-Ribbentrop. Este Tratado tem sido deturpado e utilizado na guerra-fria das potências ocidentais para desinformar sobre a política da União Soviética, tentando os desinformadores transformar este país num aliado da Alemanha nazi.

Estas campanhas de desinformação continuam ainda hoje com toda a força embora a União Soviética já não exista e os jornais da burguesia tenham dado o comunismo por morto milhares de vezes. Mas a verdade é que o comunismo está bem vivo! O que se pretende com as campanhas contra a União Soviética é combater as simpatias comunistas existentes nas classes trabalhadoras do mundo em que vivemos e defender as injustiças do capitalismo. Por esta mesma razão é importante dar ao público a história do passado e as circunstâncias em que o Tratado de Não Agressão Mútua foi assinado.

Europa em 1939

A situação da Europa de 1939 era dominada por uma grande tensão política e militar, provocada pelos ataques militares e as ocupações levados a cabo pelos países fascistas durante esse decênio. Em Outubro de 1935, a Itália fascista invadiu a Abissínia (Etiópia), que foi totalmente ocupada pelos italianos em 1936 depois de grandes massacres da população. Em 1936, em Espanha, os fascistas iniciaram a guerra civil contra o povo espanhol, que vieram a ganhar dois anos mais tarde depois de receberem uma ajuda militar massiva da Itália fascista e da Alemanha nazi. Em 1936 a Alemanha assinou com o Japão o chamado Pacto Anti-Comintern contra a União Soviética, um pacto ao qual a Itália se juntou pouco tempo depois. Em Março de 1938 a Alemanha nazi anexou a Áustria que deixou de existir como país independente.

A traição à Tchecoslováquia

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Crise aumenta a procura pelas obras de Karl Marx

A recente crise mundial foi um  incentivo para a procura das obras socialistas, em especial “O Capital” de Karl Marx, no qual ele praticamente refuta as bases fundamentais o capitalismo.
Na cidade São Paulo grandes livrarias já esgotaram a venda de exemplares das obras em menos de um mês. Na Livraria Cultura por exemplo, as dez únicas obras que haviam na loja esgotaram em menos de 15 dias.

Esse fenômeno também ocorre em outros países. Na Alemanha, por exemplo, a procura pelo livro aumentou cerca de 300%. A editora Karl Dietz, uma das maiores dedicadas a livros de esquerda já vendeu, somente este ano, 1,5 mil cópias de “O Capital”. As vendas mensais superaram o que antes eram as vendas ANUAIS.

Para David Bamford, da BBC, a população vê a crise atual como um fracasso do capitalismo e que a obra de Marx poderia ajudar a entender o que deu errado.

Além da venda de livros, aumentou para 40 mil o número de visitas à cidade natal de Marx, Trier. O curador do museu da cidade afirmou que já perdeu as contas de quantos visitantes ele ouviu dizer que Marx estava certo em suas críticas ao capitalismo.

Esse fato reflete uma evolução no pensamento da sociedade, ainda que lenta e gradual. Mais pessoas estão preocupadas com a crise; mais pessoas começam a pensar seriamente sobre o capitalismo, lendo sobre política e economia. Resultado: força às ideias contestadoras e conscientização política.

Que esses números aumentem ainda mais!

Por “S.G.B.D.”